"EM AFRÂNIO-PE, SECA PREJUDICA PECUÁRIA LEITEIRA"
No sertão nordestino, a seca afeta centenas de municípios.
Criadores estão mandando o gado para outros estados.
A vida no campo mudou completamente desde que a seca começou a atingir o interior do Nordeste, principalmente a pecuária.
Muitos criadores do sertão de Pernambuco
estão vendendo boa parte do rebanho a um preço bem abaixo do mercado,
isso quando não pagam para criadores de outros estados cuidarem dos
animais enquanto a seca não vai embora.
Os animais são levados às pressas aos estados do Piauí e Maranhão. Para
aqueles que ficam, restam apenas barragens com pouca água, suja e
barrenta.
Sem pasto, o produtor José Ferreira alimenta o gado e a criação de
caprinos e ovinos apenas com o milho que compra com o dinheiro da
aposentadoria.
Em Afrânio,
sertão de Pernambuco, 150 criadores estão cadastrados na cooperativa de
produção agropecuária. No começo do ano, a captação chegava a 22 mil
litros de leite por dia. Agora, o número está na casa dos nove mil
litros.
A seca também fez com que o preço do leite disparasse. Quem ainda
consegue tirar o leite, está recebendo até R$ 1,50, R$ 0,50 a mais que
no mesmo período do ano passado, mas quase não aparece comprador.
Manter a cooperativa funcionando está ficando cada vez mais difícil, conta Raimundo de Brito, presidente da cooperativa.
FONTE: G1
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