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"SERRA PRESTA CONTAS e SE DIZ PRONTO PARA NOVA MISSÃO"


SÃO PAULO (Reuters) - Cercado de secretários, deputados, prefeitos e dirigentes de partidos aliados, o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, anunciou nesta quarta-feira que deixa o cargo. Ele fez uma prestação de contas de sua gestão e afirmou que está preparado para sua nova missão, sem dizer claramente se será candidato ao Planalto.

"Por tudo que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte que nos espera. Vou ingressar nesta etapa com muita disposição, muita força, muita confiança, muita sinceridade e muito trabalho", disse Serra a uma plateia de autoridades, servidores e correligionários no auditório do Palácio dos Bandeirantes.

A declaração foi feita aos 50 minutos de seu discurso, perto do final.

"Esta é a nossa missão. Vamos juntos. O Brasil pode mais", disse, sob aplausos do público estimado em 6 mil pessoas pela organização. Cerca de cem ônibus trouxeram participantes da capital e do interior do Estado.

Ele também aproveitou para mandar recado aos adversários. "Já fui governo e já fui oposição, mas de um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas."

Serra afirmou ainda que não olhou a cor da camisa partidária dos políticos com os quais se relacionou no governo paulista e que governa para o interesse público e não para a máquina partidária.

Emocionado em trechos de seu discurso, ele ouviu gritos de "já ganhou" e confirmou a fama de obsessivo. Disse que a maior de suas obsessões sempre foi servir aos interesses de São Paulo e do país. Ainda sobre seu perfil, fez questão de rechaçar a pecha de centralizador e disse que seu relacionamento com o secretariado atesta isso.

"Não sou centralizador. O pessoal de Brasília ri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo me conhece e sabe que não sou centralizador", acrescentou.

Fez questão de dizer que, mesmo sem sua presença à frente do Executivo, o governo tem ainda pela frente nove meses. "O governo não terminou", enfatizou.

Entre suas características como governante, afirmou que acredita no planejamento e defendeu a austeridade econômica como forma de "extrair mais de cada real". Disse que, sem aumentar impostos, seu governo terá, ao final, triplicado os investimentos nominais, atingindo cerca de 64 bilhões de reais entre 2007 e 2010.

Quanto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que não esteve entre os convidados, foi citado por Serra apenas duas vezes no discurso, uma delas na lembrança da autoria do Plano Real.

O governador enviará à Assembleia Legislativa carta renunciando ao posto e ficará no cargo até a meia-noite de sexta-feira. Seu vice, Alberto Goldman (PSDB), assumirá em seu lugar. "Teremos um novo governador que conhece a vida, um patriota", disse Serra.

O lançamento oficial da candidatura Serra à Presidência está agendado para o dia 10, um sábado, em Brasília.

Nesta quarta-feira, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, deixou a pasta da Casa Civil também para concorrer à sucessão presidencial.

PRÉ-CAMPANHA DISCRETA

O senador Sérgio Guerra (CE), presidente do PSDB, disse no fim do evento que a partir da saída de Serra do governo paulista a pré-campanha será discreta para não ferir a legislação. Oficialmente, as campanhas iniciam em julho após as convenções partidárias.

Guerra adiantou que Serra irá viajar pelo país para conversar com representantes da sociedade civil e para articular os palanques nos Estados.

Além de Guerra, estavam presentes os presidentes do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e do PPS, Roberto Freire. Os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), além do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), também compareceram.

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