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"EXCLUSIVO: ENTREVISTA COM O DEP. FED. CARLOS ABICALIL"


O Blog da Dilma entrevistou pela segunda vez o deputado Federal Carlos Abicalil.(PT/MT) Respostas inteligentes e esclarecedoras. Leia com muita atenção:

BLOG DA DILMA: Comente as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que afirmou que as "eleições não se ganham com o retrovisor" e desafiou o "lulismo" a fazer comparações "sem mentir" e "sem descontextualizar".

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - Acho que ex-presidente está precisando de amigos. A sabedoria popular, bem antes de qualquer ciência aplicada, já tem a comparação como uma das formas de avaliação e seleção das suas possibilidades. Desde as coisas mais elementares, como a escolha de produtos no supermercado, até as decisões mais graves para a vida individual, familiar ou coletiva. Na política, não há como ser diferente! Comparar os oito anos sob o governo dele com os oito anos do governo de Lula, não é uma opção metodológica somente, é um gesto de sabedoria elementar, imprescindível. O desafio de comparar sem mentir é intrinsecamente válido. Os brasileiros e as brasileiras vão olhar suas contas, seu acesso a bens e serviços, sua condição de trabalho, de emprego, de renda, de bem-estar, de acesso à educação, de expectativas de realização de seus melhores desejos e aspirações, em qualquer fase da vida em que se encontrem. Alguém imagina que entre as 92 mil famílias de Mato Grosso que só tiveram acesso à energia elétrica depois do programa Luz para Todos, a comparação não será feita? Por mais feia ou escura que seja a imagem do retrovisor ela será referência para decisão. Os quase 600 mil jovens bolsista do ProUni. O mesmo deixarão de fazer o mesmo exercício? A família pantaneira ribeirinha não fará memória das precaríssimas condições de habitação de que dispunham há décadas frente à moradia de "material" (alvenaria) de que desfrutam hoje? A verdade, nesses casos e nas mais diversas situações de vida concreta das pessoas, não são transcritas somente em grandes números ou gráficos estatísticos. São cristalinas na sua condição de vida e de convivência, estão à flor da pele e na memória, constituem motivo de esperança renovada.

BLOG DA DILMA: Costa Rica elege Laura Chinchilla, a primeira mulher a se tornar presidente do país. É um bom sinal para o Brasil?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - É significativo para o Brasil, para a América Latina, para a humanidade toda. Laura também recepciona uma avaliação popular positiva do governo que a antecedeu vai além, supera um machismo muito mais rude e arraigado do que ainda encontra lastro na sociedade brasileira. Cristina, na Argentina, e Michele, no Chile, também puseram à prova este mesmo quadro. É um ingrediente a mais na disputa eleitoral brasileira. A novidade não será a apresentação de uma candidata. A novidade é a força social, política, cultural que arrasta a sua candidatura, para além dos méritos pessoais indispensáveis e presentes na companheira Dilma.

BLOG DA DILMA: A impulso pela democratização da informação passa pelo PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA, defendido pelo presidente Lula?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - As vias de comunicação e de informação são estratégicas para qualquer nação que queira constituir a autonomia de sua gente e a soberania de seu país. A oferta pública e gratuita do direito de passagem por essas vias são passos indispensáveis para transformá-la em direito de cada cidadão. O presidente LULA tem muito claro que a comunicação, a informação, o conhecimento, a opinião é um direito de todos. Não podem ficar restritos à capacidade individual de consumo e de compra de serviços que ainda deixa de fora milhões de brasileiros. A concepção e a implantação de um plano nacional de banda larga é uma exigência da prática da democracia e da liberdade exigíveis no mundo contemporâneo. Será uma das ferramentas mais eficazes de participação cidadã, de compartilhamento de idéias, dados, curiosidades, criatividade, inventividade, opiniões, desafios, problemas, da difusão científica e tecnológica, educacional e artística. É uma poderosa arma de superação das desigualdades regionais, sociais, econômicas, culturais e um acelerador e da integração regional fantástico. Por outro lado, aproveitará a otimização do uso de uma capacidade de acesso já instalada, ainda ociosa porque indisponível ao uso da maioria da população e das instituições. É, portanto, uma alavanca de emancipação. Por isso incomoda tantos interesses, notadamente aqueles de domínio da informação e do conhecimento como reservas de um mercado restritivo e elitista.

BLOG DA DILMA: Comenta as declarações do presidente Lula:"Não foi nenhum cidadão de esquerda, nenhum comunista que descobriu o papel do Estado. Foi o fracasso do sistema financeiro internacional, há um ano e meio atrás, que fez ressurgir o Estado como o único capaz de salvar a economia naquele momento".

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - Essas declarações do presidente nos reportam ao início das mobilizações do Fórum Social Mundial e de seu próprio discurso na ONU, logo depois da primeira eleição. A realidade dos fatos econômicos e financeiros da insustentável ciranda financeira global e da exploração capitalista pós-industrial superou qualquer debate de teses. O laboratório da vida real foi sua prova mais inconteste. A experiência brasileira de inversão das prioridades do estado nestes sete anos, conduzida sob a liderança de LULA, conferiu a ele a autoridade para demonstrar a necessidade, a possibilidade e a oportunidade de ter o estado como garantidor de direitos universais, indutor de políticas estratégicas ao desenvolvimento humano com inclusão, de provimento da infra-estrutura e da logística, do planejamento estratégico, da integração regional não subordinada, de prevenção a vulnerabilidades externas, de crescimento da participação da renda de salários no PIB, de atração do investimento privado articulado a um projeto de desenvolvimento fortemente influenciado pela política. A afirmação de LULA colocou a política no seu devido lugar. Mais uma vez, marcou claramente a nossa diferença frente às posições tucanas.

BLOG DA DILMA: O Grito no último Congresso da Juventude do PT em Brasília: “Eu só quero é ser feliz, quero ver a Dilma governando esse país. E poder me orgulhar, a Juventude do PT está aqui pra te apoiar”. Que peso terá a militância petista nessas eleições?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - A nossa militância é a nossa cara. O grito da juventude petista mostra o vigor dos nossos vínculos com as mais generosas causas do povo brasileiro. Esse grito é herdeiro das lutas pela democracia e pela liberdade das gerações que nos precederam, é cioso das conquistas que fizemos com luta muito determinada e decisiva para chegar ao governo do Brasil, atento à pauta que ainda temos a cumprir, teimoso e insatisfeito diante do que ainda temos a fazer, atento às ameaças e artimanhas dos setores que querem interditar a transformação e a esperança, provocador das melhores energias de todos os petistas, de todas as origens sociais para a tarefa principal: manter o Brasil como a nossa bandeira. Confesso que me faz arrepiar e me sentir desafiado, também. Posso imaginar o seu significado de fortaleza e de confiança para a companheira Dilma. Transformação e esperança são os signos que a companheira Dilma elegeu como fio condutor dessa história que estamos fazendo e que é capaz de construir o novo Brasil, já visível, à flor da pele.

BLOG DA DILMA: No Estado do Mato Grosso continua a prioridade para o PT ter um palanque unificado em torno da candidatura da ministra Dilma Roussef a sucessão do presidente Lula? A candidatura do deputado do PSB, Ciro Gomes quebrará esse pacto?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - Aqui nós pavimentamos a aliança nacional num processo que evolui com muita consistência. Nosso trabalho articulado na bancada federal, nossa participação no governo do estado, nosso crescimento nas eleições de 2008, nosso vínculo com os movimentos populares, com a luta por direitos e por inclusão, de apoio às potencialidades econômicas com o incentivo à economia solidária e aos arranjos produtivos locais com sustentabilidade, trabalho decente, regularização fundiária e ambiental, financiamento da produção e renegociação de dívidas, garantia de preços mínimos (aquisição de alimentos, prêmios, merenda escolar), as dimensões dos programas de moradia rural e urbana, de luz para todos e de integração ao sistema nacional de energia de largas parcelas da população, de infra-estrutura urbana e de transporte, de atenção à temática das populações tradicionais, quilombolas e indígenas, de expansão do acesso à educação pública (básica e superior), compuseram ações articuladas que ampla parceira com o governo estadual e com as prefeituras. Mais do que produto de uma intenção política e eleitoral, legítima por si só, tratamos de uma consolidação que foi testada na prática e na ação política amadurecida ao longo desta trajetória. Buscamos permanentemente a unidade da base nacional e respeitamos a liberdade de movimentação dos partidos. Logicamente, a eventual candidatura do deputado Ciro Gomes à presidência, significa um nível de pre-ocupação necessário. O diálogo sincero e permanente é a melhor forma de fazer com que a afirmação do PSB não signifique ruptura no projeto principal sob duas premissas básicas: não interromper a trajetória de mudança que faz esse novo Brasil e não facilitar ao adversário deste projeto o avanço sobre as bases que já conquistamos. Essas premissas continuam pautando nosso diálogo em Mato Grosso. O PT tem plena consciência do seu papel neste equilíbrio. Por essa razão mesmo, não centramos nosso diálogo com os aliados nas personalidades, mas na ação programática sobre aquelas duas premissas fundamentadas na nossa experiência política e de gestão e no que chamamos de projeto de desenvolvimento humano e sustentável.

BLOG DA DILMA: É verdade que o sucesso do Governo Lula se deve a continuidade do Projeto Tucano na gestão de Fernando Henrique Cardoso?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - Nem o PSDB acredita nisso! Essa afirmação só serve para confundir a opinião dos menos atentos e para esconder a ausência de propostas dos tucanos. Eles vão continuar defendendo as privatizações da Petrobrás ou do Banco do Brasil? Vão retornar à restrição do crédito interno e reduzir nossas relações comerciais com o resto do mundo? Vão acabar com o movimento internacional do BRIC? Vão acabar com o PAC e o Minha Casa Minha Vida? Vão interromper o Luz para Todos? Vão ser contra o aumento do salário mínimo, o bolsa família e a expansão das escolas técnicas, universidades e bolsas do PROUNI? E ainda dizem que não se pode comparar o nosso governo e com o que eles fizeram!

BLOG DA DILMA: Segundo FHC, Dilma Rousseff não tem experiência e competência para presidir o Brasil. O que você acha?

DEP. FED. CARLOS ABICALIL - A personalidade de Dilma, a firmeza das convicções de Dilma, a inteligência militante de Dilma, a sua capacidade de liderança e de gestão, a trajetória profissional e política de Dilma, a sua competência técnica aliada à sabedoria política, o atento e contínuo aprendizado, desde o movimento estudantil, passando pela prefeitura de Porto Alegre, pelo governo do Rio Grande do Sul, pelo Ministério de Minas e Energia, e, agora, pela Casa Civil. Uma trajetória destas tem um significado que já vem sendo reconhecido por parcelas cada vez maiores do nosso povo. Parece que a percepção mais recente do sociólogo que pediu para esquecer o que ele mesmo escreveu, reduz a política ao momento das eleições e a liderança política à disputa eleitoral. Uma trajetória política se constitui desde a participação nos grupos de juventude, de vizinhança, de igrejas, de bairros, com uma rica diversidade de percursos que possibilita uma visão mais abrangente das muitas faces do Brasil e dos brasileiros. Se o autor da afirmação tivesse atenção às estatísticas oficiais dos órgãos de planejamento e aferição econômica, demográfica, educacional. Se percorresse os diversos observatórios mantidos por instituições e organizações civis sobre os efeitos das políticas públicas coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República, se observasse a intensidade da agenda do próprio presidente LULA, teria uma noção das capacidades visíveis de Dilma. Por outro lado, nós sabemos, há muito da tentativa de propagação do medo e de preconceito nessas manifestações tucanas. Aliás, acho que boa parte dos tucanos nem quer compartilhar a aproximação muito visível dessas opiniões e de seu autor. Acho que a oposição precisa arrumar um projeto para apresentar ao país. Essa vacilação continuada está mostrando o resultado nas pesquisas de intenção de voto, uma após a outra, com a mesma tendência.
Qualquer debate necessita de fundamento. Nenhum fundamento é maior do que a realidade que o povo vive. É uma lição quase elementar.
Acesse o site do Dep. Carlos Abicalil: CLIQUE AQUI.

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